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A EMBRAPA PRECISA SER DEPURADA

Atualizado: 6 de out. de 2023


O presidente Lula, em fevereiro de 2023, afirmou que “é preciso retirar 'membros do governo anterior escondidos às pencas' na administração”. No entanto, o que se vê ainda hoje, em setembro de 2023, é que isto ainda não aconteceu na Embrapa.

Na maioria das Unidades espalhadas pelo País, os chefes foram selecionados durante a desastrosa e destrutiva gestão de Celso Moretti na Embrapa e do projeto de governo passado no País. E o pior: seus mandatos estão vencendo e não há expectativa de que as mudanças sejam feitas no curto prazo. Após quatro anos em que a Embrapa ficou praticamente paralisada pela falta de recursos, numa asfixia provocada pela política governamental, recursos vultosos começam a ser sinalizados pelo governo do Presidente Lula com o PAC Embrapa. Mas, se as trocas de chefias não forem efetuadas, o destino dos investimentos e a definição dos perfis para o novo concurso estará nas mãos de chefes alinhados ao governo anterior, em quase toda a estrutura da Empresa.

Um dos exemplos mais simbólicos da interferência governamental na Embrapa, foi a seleção do atual chefe-geral da Embrapa Clima Temperado. O processo “seleção pública”, ao que tudo indica, teve vício de origem, visto que o postulante não atendia ao requisito de experiência em gestão, mas, mesmo assim, sua inscrição foi “homologada” pela comissão encarregada do processo. O restante da história já é sabido: o pesquisador acabou sendo selecionado para o cargo, mesmo não tendo o perfil adequado. Obviamente, para agradar seu benfeitores, declarou publicamente para os empregados daquela Unidade que tinha alinhamento ao antecessor do governo Lula, no ano de 2019.

E, o que começou mal, só poderia continuar mal. A atual gestão foi desastrosa para a Unidade, tanto em relação à programação e execução de pesquisa agropecuária quanto ao clima organizacional interno, deste que é um dos principais Centros de Pesquisa da Embrapa no país e referência em parcerias de PD&I com instituições nacionais e internacionais. Se não fossem os projetos aprovados na gestão anterior, os quais ajudaram a sustentar a Unidade durante os anos de 2019 a 2023, a Embrapa Clima Temperado teria suas atividades paralisadas pela falta de recursos, pois a gestão atual foi incapaz na busca e na articulação por recursos orçamentários. A Unidade que já foi a primeira no ranking interno da Embrapa hoje ocupa as últimas posições entre as demais. Sob a ótica das pessoas, a gestão não só foi inepta em estabelecer um ambiente interno agradável e colaborativo, como realizou episódios de perseguição e assédio a empregados que discordavam do modo de condução da Unidade. As consequências só não foram piores devido à ação forte e decisiva do sindicato dos trabalhadores, o SINPAF. Apesar do sindicato ter sido expulso das dependências da Embrapa, continuou lutando contra os desmandos daquele chefe alinhado ao governo anterior.

Mesmo com a corajosa e enérgica atuação sindical, instada pelos seus filiados, e alicerçada na proteção do governo, a atual chefia seguiu seus passos sob uma nebulosa ausência de transparência de seus atos.

Um episódio marcante foi a retirada de plantas adultas da coleção de cultivares de oliveira das dependências da Unidade. Após grande repercussão, as oliveiras adultas foram devolvidas em condições inadequadas de sobreviver ao replantio, visto estarem completamente sem sistema radicular, vindo, a maioria a morrer.

Numa ação obscura que espantou a todos, sequer foi realizada sindicância para apurar os fatos, o que seria recomendada neste caso. No entanto, como se admitindo que houve culpabilidade, a chefia da Unidade exonerou, em 2022, o ex-Chefe de Transferência de Tecnologia, diretamente envolvido no episódio. Como nada foi divulgado no âmbito interno, restaram inúmeras perguntas que permanecem até a presente data sem nenhuma resposta: Quem foi o responsável técnico e qual o gestor autorizou o procedimento, tanto de retirada, quanto de reintrodução da plantas?; Qual o objetivo do arranquio e transporte?; Qual a motivação da reintrodução das plantas?; O procedimento estava vinculado e foi previsto em algum projeto vigente na agenda de pesquisa da Unidade?; A UD emitiu nota fiscal para o transporte das aludidas plantas? Havia processos (Acordo de Transferência de Material, Unidade de Observação) referentes aos trâmites para arranquio e transporte das plantas?; O procedimento foi realizado por equipe da Unidade? Caso contrário, que empresa fez o arranquio e transporte das plantas? Onde fica sua sede? A que se destina essa empresa? A empresa encontrava-se regular com suas obrigações?; Houve o registro da retirada do material pela portaria da Unidade? Em que data e hora?; As plantas foram identificadas antes de serem retiradas da Unidade? São as mesmas plantas que retornaram? Qual a garantia/evidência de que são as mesmas? Qual a garantia de que a identificação nas plantas corresponde ao mapa da coleção?; As plantas foram transportadas e plantadas em outro local fora da Unidade? Houve medida quarentenária no retorno das plantas à UD?; Foi realizada caracterização genética nessas plantas? Quem arcará com os custos? Uma coisa é certa: houve um dano irreparável ao erário público, no entanto, com a falta de transparência, não se sabe o valor, tampouco as consequências.

Outro episódio que reverberou na comunidade interna foi o processo de recondução desta chefia que sequer deveria ter sido nomeada. De acordo com a norma de recondução de Chefes de Unidades, os empregados foram convidados a responder um questionário de percepção da atuação e desempenho da Chefia, entretanto, jamais souberam do resultado da referida pesquisa, nem pela chefia da Unidade, nem pela Diretoria Executiva da Embrapa à época. Considerando que os empregados manifestaram interesse em saber o resultado da pesquisa que lhes foi negado, o SINPAF elaborou um questionário nos mesmos moldes daquele enviado pela Embrapa e submeteu aos filiados. O resultado, por óbvio, em função do pesado clima organizacional da Unidade, foi uma péssima avaliação da Chefia pelos empregados. Neste sentido, questiona-se: Como uma chefia que, pela norma vigente, não poderia sequer ter sido selecionada, é mal avaliada no processo de recondução e mesmo assim é reconduzida para outro mandato de dois anos?

Em última instância, para que a Embrapa Clima Temperado possa cumprir com o seu papel e retornar à normalidade de suas agendas e a proporcionar oportunidades a todo seu quadro de empregada(os), o que a maioria deseja é que esta triste página da Unidade, com a pior Chefia que este centro de pesquisa já teve em todos os seus anos, seja virada com máxima urgência. Afinal de contas, depois de elegermos o Presidente Lula; derrotarmos a extrema direita; promovermos mudanças na Embrapa, com a indicação da 1ª mulher para Presidir a Empresa após 50 anos e escolha de Diretores Executivos, o que se espera é que as mudanças nas Unidades também sejam promovidas, extirpando as células do governo anterior, representadas pelas chefias atuais das Unidades.

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Diretoria da Seção Sindical Pelotas

LANÇAMENTO DO ORÇAMENTO DO(A) SINPAF - SEÇÃO SINDICAL PELOTAS

9 de junho de 2019

O presidente Lula, em fevereiro de 2023, afirmou que “é preciso retirar 'membros do governo anterior escondidos às pencas' na administração”. No entanto, o que se vê ainda hoje, em setembro de 2023, é que isto ainda não aconteceu na Embrapa.
Na maioria das Unidades espalhadas pelo País, os chefes foram selecionados durante a desastrosa e destrutiva gestão de Celso Moretti na Embrapa e do projeto de governo passado no País. E o pior: seus mandatos estão vencendo e não há expectativa de que as mudanças sejam feitas no curto prazo. Após quatro anos em que a Embrapa ficou praticamente paralisada pela falta de recursos, numa asfixia provocada pela política governamental, recursos vultosos começam a ser sinalizados pelo governo do Presidente Lula com o PAC Embrapa. Mas, se as trocas de chefias não forem efetuadas, o destino dos investimentos e a definição dos perfis para o novo concurso estará nas mãos de chefes alinhados ao governo anterior, em quase toda a estrutura da Empresa.
Um dos exemplos mais simbólicos da interferência governamental na Embrapa, foi a seleção do atual chefe-geral da Embrapa Clima Temperado. O processo “seleção pública” teve vício de origem, visto que o postulante não atendia ao requisito de experiência em gestão, mas, mesmo assim, sua inscrição foi “homologada” pela comissão encarregada do processo. O restante da história já é sabido: o pesquisador acabou sendo selecionado para o cargo, mesmo não tendo o perfil adequado. Obviamente, para agradar seu benfeitores, declarou publicamente para os empregados daquela Unidade que tinha alinhamento ao antecessor do governo Lula, no ano de 2019.
E, o que começou mal, só poderia continuar mal. A atual gestão foi desastrosa para a Unidade, tanto em relação à programação e execução de pesquisa agropecuária quanto ao clima organizacional interno, deste que é um dos principais Centros de Pesquisa da Embrapa no país e referência em parcerias de PD&I com instituições nacionais e internacionais. Se não fossem os projetos aprovados na gestão anterior, os quais ajudaram a sustentar a Unidade durante os anos de 2019 a 2023, a Embrapa Clima Temperado teria suas atividades paralisadas pela falta de recursos, pois a gestão atual foi incapaz na busca e na articulação por recursos orçamentários. A Unidade que já foi a primeira no ranking interno da Embrapa hoje ocupa as últimas posições entre as demais. Sob a ótica das pessoas, a gestão não só foi inepta em estabelecer um ambiente interno agradável e colaborativo, como realizou episódios de perseguição e assédio a empregados que discordavam do modo de condução da Unidade. As consequências só não foram piores devido à ação forte e decisiva do sindicato dos trabalhadores, o SINPAF. Apesar do sindicato ter sido expulso das dependências da Embrapa, continuou lutando contra os desmandos daquele chefe alinhado ao governo anterior.

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